Hoje, justamente ao meu lado tinha uma contadora de história, a cidadã narrou para todos ao redor como descobriu que estava grávida e como educa seu filho.
O monólogo foi mais ou menos assim:
- Mano, eu senti uma bolinha na minha barriga, ai falei pro pai do meu filho ver o que era, ele disse: - Você ta grávida.
Ai fiz o exame, e tava grávida mesmo. Ai ele disse: - Vai ser menino. Fiz o Ultra-som e era menino mesmo. Depois disso ele ainda falou: - Vai ter meus "traço" e só seus olhos. E quando o Nicola (?) nasceu era igual ele falou.
Ao colega do lado só restou o comentário cretino: - Ele era vidente.
Ela continuou:
- Mano, quando eu não tinha filho e só trabalhava, eu saia com a minha amiga, chegava no bar e falava: -" Me serve uma dose de tudo que você tiver no bar".
Quando nós duas saia, gastava só dois unitário, eu passava junto com ela na catraca.
Aproveitando o bom exemplo que já havia sido divulgado por todo vagão, ela deu uma aula de como educar crianças:
-Quando meu filho vem cheio de nhe nhe Nhêm eu ja dou um chega pra la, dou vários :"Sai pra la muleque", mais é meu jeito, meu modo de ser sabe.
Fez também comentários sobre a vida em outro emprego, e repetiu diversas vezes: - Eu era ligeira, pedi demissão porque eles não me respeitavam e eu peitava mesmo.
A conversa foi longa, e o colega ao lado dela concordava quando podia, e aumentava cada vez mais o volume do fone de ouvido, vez ou outra ela fazia um comentário sobre a música, algo do tipo: "esse funk é foda, essa funkeria é feia." afffff
Tum Tum próxima estação Marechal Deodoro – ufffa
2 comentários:
Nessas horas a gente percebe que a surdez não é algo tão ruim assim...
Antes Marechal do que Barra Funda né...
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